
MEI pode ser Salão Parceiro? Entenda as regras e cuidados
Descubra se o MEI pode ser salão parceiro, quais são as regras da lei e os cuidados que você precisa ter para evitar problemas fiscais.
Antes de mais nada, é preciso esclarecer uma dúvida comum: o MEI pode ser salão parceiro?
Essa é uma pergunta recorrente de empreendedores da beleza e, apesar de parecer simples, a resposta exige atenção.
MEI pode ser Salão Parceiro? O que diz a lei
De acordo com a Lei nº 13.352/2016, o salão-parceiro deve ser um estabelecimento empresarial, ou seja, uma empresa formalizada como ME ou EPP, no mínimo.
Portanto, o MEI não pode atuar como salão-parceiro.
No entanto, ele pode sim atuar como profissional-parceiro dentro de um salão já estruturado.
Diferença entre MEI como salão e MEI como profissional
- MEI como salão-parceiro: proibido, porque o modelo exige responsabilidades tributárias e trabalhistas que o MEI não pode assumir.
- MEI como profissional-parceiro: permitido, desde que o profissional esteja dentro do limite de faturamento anual do MEI e emita nota fiscal ao salão.
👉 Em outras palavras, o MEI não pode ser dono do espaço, mas pode trabalhar dentro dele como parceiro regularizado.
Limites e cuidados para o MEI profissional
Além disso, é fundamental observar as restrições:
- O limite de faturamento anual do MEI é de R$ 81.000,00.
- Se o profissional ultrapassar esse valor, ele precisa migrar para ME.
- É necessário manter-se em dia com as obrigações do MEI (DASN-SIMEI, pagamento mensal do DAS).
Dessa forma, o profissional garante sua regularidade e evita autuações.
Exemplo prático
Suponha que uma manicure MEI atue como profissional-parceiro em um salão.
- O salão cobra R$ 100,00 pelo serviço.
- O contrato prevê 60% para a profissional e 40% para o salão.
- Nesse caso, a manicure emite nota fiscal de R$ 60,00 para o salão.
Assim, o faturamento dela entra no limite do MEI, enquanto o salão contabiliza apenas sua parte.
Riscos de usar MEI sendo salão
Apesar de alguns empreendedores tentarem abrir salões como MEI, isso pode gerar sérios problemas:
- Desenquadramento imediato do regime.
- Multas fiscais por descumprimento da lei.
- Risco de vínculo trabalhista reconhecido em ações judiciais.
Portanto, abrir um salão como MEI não é uma boa prática.
Alternativas para quem quer abrir um salão
Se você deseja estruturar seu próprio espaço de beleza, o ideal é:
- Formalizar como ME (Microempresa).
- Escolher o CNAE correto para salão de beleza.
- Avaliar a opção pelo Simples Nacional.
- Contar com apoio contábil para organizar contratos e tributos.
Assim, você terá mais segurança e poderá crescer de forma escalável.
Conclusão
Em síntese, o MEI não pode mesmo atuar como salão-parceiro, mas pode trabalhar como profissional-parceiro dentro de um salão regularizado. Além disso, quem deseja abrir um salão precisa escolher a estrutura empresarial correta para evitar riscos.
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